domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
É DIFÍCIL DOMAR A LÍNGUA!
Ontem o início dos trabalhos, foram coordenados por Israel e Aldo. Repetíamos e adcionavamos mais impressões físicas e cognitivas. Somavamos todas as vivências dos espaços que nos apresentamos, além dos resultados obtidos no último ensaio.
Depois cada um, individualmente, apresentava suas partituras. A partir daí veio uma série de correção. Começando por Eddy. Que foi a primeira a se apresentar. Luiz pontuou várias coisas. Levou um bom tempo. E a cada palavra percebia Eddy se retorcendo toda, agoniada em justificar cada passo que tinha dado. Fiquei observando aquele momento e vendo o quanto é difícil para um ator ouvir sobre seus erros, esquecimentos, o acerto que ainda não está bom...uma série de coisas. O quanto é difícil não abri a boca para dizer: mas isso foi por que... Enquanto tudo aparentemente está contra você.
E quando a observação era para todos, resultava num alívio tão grade que ningém faz idéia. Depois foi a vez dos demais até chegar a minha vez. Ouvir cada paralavra domando minha boca para não me justificar. Mas logo ele (o diretor) falou no figurino, aí desandei a falar descrevendo como seria; sem parar.
Como é difícil domar a língua!
Indaiá Oliveira.
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 14:41 1 comentários
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SURPRESAS DE OUTRO MUNDO
Em 25-10-2010,
Estavamos todos em sala, relembrando nossas partituras e estudando novas possibilidades, quando Luiz (o diretor) adentra a sala e assume os trabalhos. Inicialmente pediu para que andassemos pela sala. E em seguida nos descontraiu com um exercício de um pegar no....nas nádegas do outro. rrrrrrrrrrrrr. Depois inseriu o elemento da flor imaginária. Aí pegavamos nas nádegas segurando a flor. Logo fomos estimulados a colocar nomes e esfregar a flor.....E eu ria muito. Mas alguma coisa estava no ar. Fomos aos poucos orientados a andar na ponta do pé; a pensar que carregavamos malas de 50k (nossos ombros e braços ficaram endurecidos); que carregavamos latas com água na cabeça e nas costas (nisso o corpo ficava todo curvado); a dobrar os joerlhos; a apontar o peito para o céu....uma série de estimos. Agora eu morria de dor! Depois de quase uma hora e meia de anda-anda, subimos em bancos; colocanos nosas cabeças dentro deles, ficamos algumas horas visualizando o marmífero e gritando para que não fosse embora. Por fim nos rastejamos até achar a calmaria e alívio perto de uma bacia.
Ser ator não é mole!
No término do ensaio, Luiz (Buranga) comentou emocionado que no decorrer dos exercícios lembrou de uma tia sua (do interior), que era muito presente quando tinha 10 (dez) anos de idade. Verbalizou o zelo e carinho que ela tinha por ele e seus irmãos. Por ter tomado conta dele e também de seu pai. E por se amedrontar com tudo. Que só em pensar que tinha alguma coisa perto dela, a mesma dava um grito. E que na sua morte, ele e sua família não foram avisados (já que ele estava morando na cidade) por sua prima que morava com ela.
Aquele homem enorme estava se debulhando em lágrimas na nossa frente. E era lindo de ver. No mesmo momento passei a lembrar de minha mãe (in memoriam). É isso; que o teatro faz conosco. Nos leva a acessar nossas memórias. Enchendo as personagens de verdade.
São surpresas de outro mundo.
Indaiá Oliveira.
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 13:56 1 comentários
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
NOVAS EXPERIÊNCIAS
23-02-2010.
Lá estava EU, novamente. Teatro Cine Solar Boa Vista.
Buqbuqbuqbuqbuqbuqqqqq. É o meu coração. Tudo por que me foi dito para criar novas histórias, que estas fossem fundidas com as impressões físicas e cognitivas trabalhadas. Mas não tinhamos nada certo.
Como é o início?! E o final gente!! Pânico total.
Por um milagre de Deus, Luiz (o diretor) definiu como seria nossa entrada. Mas só a entrada.
Tudo pronto. Ou mais ou menos pronto. Entramos cantando uma cirada. Depois ficou tudo por nossa conta. Até demais. Foi água molhando pés; rosto; pernas e meu corpo inteiro.
Quando estava no máximo da concentração, ouvi-se uma zoada. Zuuuuuuuuuuuuuu...Era uma moto passando. Seguida de vozes no decorrer da apresentação: - "Eu também vou! Vai com Júnior! O que isso ai rapaz? Um bando de malucos! HAAAAAAAAAAAA! Ih! olha outra moto passando. Haaaaaaaaaa! E Eu fazendo sinal para Luiz (Buranga) entrar em cena para terminar a apresentação e ele me prirraçando. Quando ele entra; Eddy sai. Logo Eu murmurando disse: -" Fica aí merda! Isso sem perceber que Luiz (o diretor) estava fazendo a dança do acaba a performance. Freneticamente parecedo um louco. Haaaaaaaaaaaaaaaaa
Terminamos poeticamente numa roda, dançando uma linda ciranda. E Eu toda molhada. Até a calcinha.
Novas experiências de uma atriz que quer aprender muito com Mar Me Quer.
Indaiá Oliveira.
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 11:00 0 comentários
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Do exercitar!
Ontem, na verdade anteontem (diante da hora em que começo a escrever esta postagem), realizamos a quinta intervenção/instalação do nosso Mar Me Quer, no Solar Boa Vista.
Como nas últimas duas (a do Palacete das Arte e da Estação de Trem) o exercício e o ineditismo dominou.
Ao contrário da instalação da Estação, que tivemos dois dias para ensaiar e que, diante de inúmeros acontecimentos, acabamos não produzindo um material fechado, para a apresentação do Solar tivemos alguns dias para trabalhar, testamos algumas coisas, retornamos a estruturas utilizadas anteriormente, mas, por fim, a opção foi a de experimentar deixar os corpos e as mentes descobrirem na hora a cena que o público veria.
No final deu tudo certo! Fiquei satisfeito com as relações construídas e com o material gerado em cena.
Ao chegarmos quase no final desse ciclo, tenho a sensação que esse processo funcionou como um check up de nós mesmos, das ferramentas que dispomos e que utilizamos na hora da criação, para nos salvarmos em cena.
Acho que isso tudo é bom para ter uma dimensão do que temos, está chegando a hora de descobrir o que não temos ainda para mergulharmos nesse mar que nos quer. Pessoalmente estou controlando a ansiedade de entrar na próxima etapa do trabalho, afinal, ainda temos mais uma instalação para fazer no domingo na Biblioteca Central.
Postado por R. Junior às 03:27 1 comentários
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Um Mar Me Quer no MAM
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 18:51 0 comentários
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Um Palacete de Mar Me Quer
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 18:17 2 comentários
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Depoimento de Edy Veríssmo
Como combinado, veja o que Edy Veríssimo fala sobre a performance no trem da Calçada.
http://www.youtube.com/watch?v=EXBP61wKmZQ
Postado por Israel Barretto às 11:05 2 comentários
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
______________________
Agora que acabou o Carnaval, dizem, é que o ano começa por estas bandas do Atlântico. Mas, como quem acompanha este blog pode perceber, 2010 já começou há muito n'A Outra Cia de Teatro e eu, estou cada dia mais feliz em fazer parte dessa coisa toda. Sim, é uma coisa.
Coisa, porra, negócio, parada, ou qualquer outro termo que explica tudo não explicando nada, porque às vezes simplesmante não há como explicar, achar o significado de um significante que só nos chega através do sensível e não do racional. Quantos poetas não dizem do sofrimento em tentar transpôr para o papel sentimentos? Sim, eles sofrem.
Palavras existem e nos oferecem alívios. Assim explicamos o que é amor, saudade, ódio... simplesmente escrevendo "amor", "saudade", "ódio"... Mas parece tão pouco.
Sobre a viagem de trem que fizemos, só tenho a dizer que admiro cada vez mais o potencial dos atores dessa Cia. Uma capacidade improvisacional, uma capacidade "cara-de-pau" que invejo. Agora, sobre o sentimento que nasce para com cada um dos que estão nesse processo, as palavras não chegam, nem de trem, nem de metrô, nem de supersônico... Só sei que é algo bom. Muito bom.
Postado por Hayaldo Copque às 17:30 0 comentários
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De trem...
Véspera de carnaval, a cidade se modificando, assim como nós! No dia anterior uma reunião tensa. Muitas coisas discutidas, algumas decisões, outras certezas. Entre elas duas coisas reverberaram em mim: a mudança de posição em relação a Jeff que saiu do processo e a constatação de que somente Eddy e eu apresentaríamos no trem.
Duas certezas e dois sentimentos: sobre Jeff um sentimento que não sei exatamente qual é, sobre Eddy e eu fazermos a intervenção no trem um sentimento de confiança. E assim fomos para a Estação de Trens da Calçada.
Chegando lá, figurinos postos no corpo, Luiz propôs o jogo: vamos brincar de contar histórias para o povo do trem tendo como agentes motivadores uma placa com as incrições "Bem me quer" e "Mar me quer" para indicar se a história seria alegre ou triste e um balde com vários cartões com as palavras avô, Zeca e Luarmina para sortearmos de quer seria a história a ser contadas. Além disso só a motivação de que Zeca e Luarmina se conquistariam a partir das histórias.
Para descrever o que aconteceu a partir daí basta uma palavra: genial.
Genial conceber histórias alí na hora, inventar umas, lembrar de outras, furtar da memória e do repertório outras tantas, contar com a cumplicidade dos passageiros do trem, de Luiz, Hayaldo, Israel e Alê, e de Eddy, companheira de tantas batalhas.
Foi muito bom está em risco, muito divertido encontrar pessoas que nos reconheciam de outros carnavais, como foi o caso da gêmeas que tinham nos assistido em Remendo-Remendó há cerca de seis anos, e muito bom interagisr com o ambiente e cumprir a proposta. Sinto que, de certa forma, estamos nos fortalecendo como atores, a cada vez que vamos para rua, que embarcamos num novo desafio, estamos crescendo.
E vamos pra frente!
Postado por R. Junior às 02:54 0 comentários
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Histórias no Trem...
Postado por Israel Barretto às 19:11 0 comentários
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Ao Balanço do Trem
Bem, Quarta-feira dia 10/03 foi nossa quarta performance com o tema História de Pescador. Saímos do teatro por volta das 16:30 e chegamos na Estação da Calçada as 17hs. Antes de chegar na estação eu estava nervosa pq até então não fazia a mínima ideia do que Luiz ia passar pra gente apresentar, Jr parecia tranquilo, mas eu, sempre anciosa e perguntei: por um acaso, alguém sabe o que vamos apresenta? e nada de ninguém responder e Luiz tome cortar papel, tome cortar papel, daí ele pediu pra gente escrever os nomes dos três personagens, Zeca, Luarmina e o avô e pediu para colocar dentro do balde, foi feito também uma placa onde estava escrito, de um lado, Mar-Me-Quer, do outro, Bem- Me-Quer, eu fiquei com o balde e Jr com a placa. E nada de descobrir o que a gente ia fazer, bem, pensei, Luiz não é maluco, ele sabe o que está fazendo, apenas restauram eu e Jr e se fosse para ele desistir ele tinha feito isso no dia anterior, sendo assim, só me restou pensar, que bom, ele confia na gente.
Esperei muito por esse dia, sabia que ia mexer muito comigo, passei uma grande parte da minha infância e adolescencia andando de trem com papai, ouvindo ele contar histórias, as pessoas rindo, e eu tendo de confirmar tudo que ele contava "filha de peixe peixinho é" chegou o momento de Luiz falar o que a gente ia fazer " ai meu Deus o que será"fui colocar o figurino rápido e sem uma maquiagem se quer, conforme ele solicitou.
Entramos no trem, eu com o balde e o banco e Jr com o banco e a placa, cada um em um canto do trem, Luarmina e Zeca foi bonito de mais gente! Começamos a interagir com os passageiros contando as histórias ,achei que não ia ser tão mágico pelo fato de ter só eu e Jr mas estava enganada, tudo começou a surgir, a cada mudança de intenção eles entravam de cabeça com a gente. Tinha uma marcação que a gente trocava de lugar, e a deixa era Israel bater palmas, e kd essa que nunca conseguia ouvir, pensei: será que já bateu e eu não escutei, bem não posso esperar mais, lá vou eu trocar de lugar, quando estou no meio do trem Luiz dis-cre-ta-men-te fala: volte pq o balde tem que ficar lá"rsrsr" êta aí o bicho pegou "rsrsr" o trem estava lotado, foi nessa hora que a energia tomou conta mais ainda, de um lado Luarmina do outro Zeca, um disputando suas histórias, rolou até ciúmes de de Luarmina por causa dele, pra pirrassar Zeca, ela dançou até com um passageiro. Falei que só me casaria com ele se uma única vez contasse uma hitoria verdadeira, foi tão difícil de ela acreditar pq foi cada uma mais macabra que a outra. Tinha até passageiros torcendo pra que fizessimos as pazes.
Luarmina começou a contar sua história de vida para uma passageira, contou que ela não tinha muitas lembranças de seus pais, mas de uma coisa ela lembrava bem, que sua mãe nunca tinha feito um carinho nela, nessa hora a passageira ficou tão emocionda que pegou a mão dela e passou no rosto de Luarmina, como se estivesse preechendo aquele vazio, com os olhos cheio de lagrimas, falou: não fique assim não. Foi muito forte esse momento tb.
Luarmina e Zeca dançaram uma ciranda em pleno balanço do trem, foi como se estivessem sendo levado pelo balanço do mar, do MAR-ME-QUER, BEM-ME-QUER.
Só quem estava lá sabe o que passamos , o que sentimos, e o que vivemos. ( Eddy, Jr, Israel, Hai,Alê, e Luiz). Tudo está sendo uma experiêcia e essa foi mais uma.
Postado por Eddy Verissimo às 23:39 0 comentários
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Entramos no Palacete. Daí veio a preocupação. E o Público?! Melhor substituir. Onde vamos montar os espaços?
Postado por Indaiá Oliveira às 21:18 0 comentários
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Uma história de Mar-Me-Quer ou de Bem-Me-Quer?
Assim foi a intervenção urbana na Estação da Calçada que aconteceu agora a pouco, dentro do trem. Na noite de ontem tivemos uma extensa conversa, desde os problemas com a montagem do Mar Me Quer até as relações com A Outra Companhia - integrantes x integrantes x Vila x tudo!
Postado por Anônimo às 20:41 0 comentários
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Postado por A Outra Companhia de Teatro às 19:33 1 comentários
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O mar me quer, eu quero o mar. Mia Couto, quem é eu nao sabia. Fizemos muitas leituras dramáticas, muitos textos, ufa. Peformances mil, no vila, no mam, no museu, muito bala. A primeira vez a gente nunca esquece, de fato, fazer uma cena com as pessoas passando pelo meio, nao foi fácil, na sala foi uma coisa, as vozes se encaixavam, funcionavam, as cirandas nem se fala. Foi muito bom, está sendo muito dez, é uma experiencia que eu nunca tinha vivido. O texto mar me quer é cheio de imagens. Estamos despedaçando o texto ismiuçando cada detalhe, por exemplo: quem era o avô, qual é a sensação. Em todas as cenas que tem o avô, eu acho que é sempre tarde, ele foi um homem que entende do mar, as vezes ele é muito metafórico, com mágoa do filho, agressivo etc. Na primeira performance, mexemos com os sonhos, com religião, passado, mar, pescador, fizemos várias interações com cenas armadas, altares. No jan do mam foi ótimo, no inicio pensei que não ia funcionar, com toda aquela zoada dos músicos. Foi bom. Fiz cada cena sete vezes, as pessoas me seguiam, queriam roubar o meu tamborete, achavam que era um ritual de macumba, no mam foi um must.... salvador, véspera de carnaval, com toda a cidade fervendo. Buranga.
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 19:12 0 comentários
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Sexta-feira de dores para um Sábado de Diversão
Bem, na sexta-feira dia 05 Luiz começou fazendo um trabalho de alongamento com agente, por sinal bem porradão, cheguei ao ponto de achar que estava preparada para dançar balé (rsr) o trabalho foi em dupla, fiquei com Emanuela já que somos do mesmo tamanho, tudo isso Luiz dando o comando. Depois começamos a fazer um trabalho de dinâmica, vários jogos, ufa!! bem exaustivo. Foi dividido em dois grupos, Luiz ficava olhando um e Hai olhava o outro, esse foi massa, apesar!!! dos dois com uma lente mais do que avançada conseguiam vê até o fio do nosso cabelo balançando "dava uma raiva" rsrsr Hai era de mais.... mas meu grupo ganhou. No começo tive um pouco de enjou, calma, não é nada disso que vcs estão pensando, foi que eu tinha acabado de comer e comecei fazer os movimentos.
Postado por Eddy Verissimo às 23:56 0 comentários
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O que diria Rodin?!
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 17:36 1 comentários
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As crianças do Palacete
Durante toda a semana que contou com a mais do que inspiradora festa de Iemanjá, tivemos muitas surpresas e emoções. Os atores revelaram-se artistas plásticos em potencial e algo, no mínímo sobrenatural, aconteceu na quinta-feira (mas sobre isso é melhor nada dizer). Na sexta, o clima foi mais leve com uma série de jogos e no sábado... O Palacete das Artes. Logo que cheguei ao Palacete das Artes na tarde de sábado passado, confessei a alguns colegas que essa terceira intervenção d'A Outra Companhia seria a que mais gostaria de fazer. E, ao final, tive plena certeza do que havia previsto. Tanta certeza que fico na dúvida entre dizer se poucas pessoas foram assistir ou se muitas pessoas perderam o que aconteceu ali.
Cada ator teve um tema para desenvolver, durante a semana, seus espaços. Júnior ficou com tempo, Eddy com pescador, Jef com mar, Manu com sonho, Indaiá com mulher e Buranga com religião. Ao chegarem no Palacete, organizaram uma fileira (que, em breve vocês provavelmente verão em alguma foto a ser postada) constituída pelos espaços justamente na ordem exposta acima, indo do tempo até religião. Esse deveria ser o caminho a ser percorrido por eles.
Após terem arrumado os espaços, porém antes de os atores se vestirem para dar ínicio aos trabalhos, duas crianças filhas de um funcionário do local começaram a se aproximar para observar aquele caminho. Cheguei perto delas e comecei a explicar o que estava para acontecer. Crianças...
... eram assim que pareciam os atores durante o percurso. Uma longa parada no baú do tempo, recheada de abraços; um jogo de "eu levo" na parte do pescador; a felicidade no estouro das bolinhas do plástico bolha no mar; a melança de tinta e o jogo de preencher o outro de almofadas no sonho; o momento de brincar de ser alguém famoso e fingir estar no carnaval da Bahia na mulher e a resignação obediente (como fazem as crianças ao ouvirem a bronca dos pais) na religião. Sim, as flores do MAM agora eram as crianças do Palacete.
Pena que eu fiquei de fora.
Postado por Hayaldo Copque às 15:09 0 comentários
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sábado, 6 de fevereiro de 2010
Fanfarra no Palacete
Postado por Israel Barretto às 22:19 1 comentários
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Um Palacete de Humor
- Indaiá: Mulher
- Eddy: Pescadores
- Jeferson: Mar
- Junior: Tempo - Memória
- Manuela: Sonho
- Buranga: Fé - Religiosidade
Postado por Anônimo às 19:29 0 comentários
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Guardando.
Postado por Manu Santiago às 10:26 0 comentários
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
MAM me quer
Que o MAM é um local maravilhoso e que exala boas vibrações, todo soteropolitano sabe. Guardo belas recordações desse lugar, agora incrementadas pela passagem d'A Outra Companhia por lá no sábado passado.
Minha missão era ser o "anjo da guarda" de Jeferson, basicamente tendo que observá-lo para que nada saísse errado enquanto desenvolvia sua ação. Ficava meio afastado, tentando disfarçar minha posição, seguindo-o nos sete pontos em que apresentou. O belo ator de dorso nu, logo na primeira passagem de um ponto para outro, recebeu uma cantada de uma negra lindíssima, e passou adiante.
Em alguns momentos, encontros aconteciam. Pude ver uma grande roda dividida por Edy e Manu ou duas rodas muito próximas com Jef e Jr, ou Jr. e Buranga. A cada momento de explosão de algum dos atores, o foco era transferido.
Soube de uma moça que chorou com o "florista" Júnior. Talvez a perfeita mostra de que ali, entre tantos sons (do mar, do jazz, da barulheira de tanta gente a conversar), entre tantos cheiros, entre a bebida que entortava os sentidos, ali no asfalto, nascia uma flor. Seis flores, para ser exato.
Postado por Hayaldo Copque às 15:32 0 comentários
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Adquirindo impressões.
Medo.
Postado por Indaiá Oliveira às 21:57 0 comentários
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Vôo sem asa - exercício
Vôo além do horizonte. Braços abertos. Levemente tencionados. Balanço o corpo. Quero liberdade. Estou preso. Ponta de pé. Quero sair!!! Balanço para frente, lados, braços sempre pesados. Ando cruzando as perna. A cabeça segue num rodopear. Os braços se abrem. Vou direto ao chão. Me debato. Bumbum para cima, braço esquerdo nas costas.
Postado por Indaiá Oliveira às 21:43 0 comentários
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Impressões do exercício
Estou só. Perambulando. Corpo cansado, cabeça arqueada, de cócoras. Um braço esquerdo com a mão na frente. A outra alinhada ao corpo. Deito. A perna esquerda mais a frente. Rolo pelo chão. Abraço-me.
Postado por Indaiá Oliveira às 21:31 0 comentários
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MAM
Postado por R. Junior às 17:43 0 comentários
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Ser levado por algo inesperado
Postado por Eddy Verissimo às 00:15 0 comentários
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Quando não se sente...
Confesso que cheguei a duvidar do poder e da extensão desta "uma hora", no entanto, os próximos 60 minutos me revelaram que de fato, em uma hora podemos fazer muito (e o que é mais incrível, fazendo tão pouco).
Ao dividir os grupo em duplas, ele propôs uma dinâmica sensorial, na qual devíamos nos concentrar em nós mesmos, ouvir nosso coração, sentir nosso sangue circulando nas veias, etc. O que se seguiu daí pra frente foi revelador.
É incrível como na correria do trabalho e mesmo ensaiando, quando partimos do pré-suposto que o ator trabalha com o corpo, o quanto estamos distante, desconctados do nosso corpo. Ouvir o som do coração, da respiração, sentir a pulsação do sangue correndo, é muito louco. Então, Lui sugeriu que escolhessemos um orgão e deixasse que ele tomasse todo o corpo, toda a sala, todo o TVV. A sensação foi estranha! Pois, a partir daí, perdi completamente o controle do corpo, me senti um estranho dentro de mim, definitivamente, perdi o controle. Tinha, no máximo, controle suficiente para me manter de pé, para apoiar um pouco de peso na ponta dos pés para não cair. Uma sensação de impotência, de desequilíbrio, de instabilidade, e o que é mais louco, a medida que ouvia o comando deixar o corpo crescer, senti meus braços se elevarem sozinhos, por Deus, como não ordenei aquilo. Não sentia peso nem tensão no meu movimento, não sei exatamente quanto tempo fiquei com os braços elevados, só sei que não senti cansaço, nem dor.
Outra coisa marcante foi a sensação de expelir gás, senti como se meu corpo inteiro digerisse algo, pensei que fosse vomitar, mas por outro lado, a cada mínimo vento eu senti gelar meu corpo inteiro, como se fosse de borracha, silicone, algum material que me deixasse todo por um.
Demorei um pouco para me recompor, após terminado o exercício, mas me senti bem. Ao abrir os olhos, no final, estava mais leve. Acho que quando não se sente nada, se senti tudo!
Postado por R. Junior às 21:26 0 comentários
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Performances
Depois de três semanas de ensaios, a fim de buscarmos elementos para a construção do nosso espetáculo, chegamos a duas belissímas performances. A entrega dos atores e aceitação do público fizeram desses dois encontros um grande espetáculo a céu aberto. O Passeio Público e o MAM ficaram inteiramente lotados para ver este grande trabalho. Parabéns a todos aqueles que fizeram e contribuiram!
2º Performance - No MAM a galera participou!
Postado por Israel Barretto às 20:36 0 comentários
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Vibrações do Mar
Sábado dia 30 Janeiro de 2010, Luiz fez um trabalho de pegar cada partitura dos atores, e começou trabalhar individual com cada um antes de irmos para o Man fazer a nossa 2º apresentação com o tema Mar.
Falar do mar, está próximo dele, sentir suas vibrações, com o seu azul exuberante, com o seu por do sol, seu horizonte..... enfim
Saimos do teatro por volta das 17 : 45 e começamos a apresentar as 19 e 50 hs. Nos dividimos e cada um foi para seus respectivos lugares, sendo que agente ñ podia está no lugar onde o outro estivesse.
Claro meu coração batia tão forte e tremia que é uma beleza, quando começamos a presentar, o Mam já estava bem cheio.
Pronto! Comecei a fazer minha partitura, e nela tinha um momento em que eu tinha que chamar alguém para dançar, assim eu fiz, e de cara tomei um fora, mas nada que impedisse de continuar, chamei meu anjo Glauber II e dancei com ele.
Tinha que fazer cinco apresentações no total. Recebi uma indicação do diretor (Luiz) super importante que foi: ( ñ gaste a água toda do seu vaso logo na sua 1º apresentação, pois ela tem que dar para as cinco). Assim eu fiz.
A partir da 2º apresentação percebi que o público estava interagindo muito mais, com olhar fixo em mim, sem parar, aquilo foi mágico, pude vê quando fazemos as coisas de verdade elas se tornam verdadeiras. E nesse momento eu tirei um senhor para dançar e ele foi, eu ñ parava de rir e pensei: ufa deu certo!! foi lindo, ele interagiu comigo de uma tal forma que recebemos até aplausos, terminamos e o coloquei ele de volta no seu respectivo lugar.
Lá se vai eu para 3º apresentação, essa foi de mais Fui para um das rampas do Mam com o meu joelho todo ferido e meu companheiro de fé, meu banquinho, quando de repente quem chega?!( Emanuela) e pensei! O que é que essa menina tá fazendo aqui? Já que ñ podemos ficar no mesmo lugar?! Bem! Tive que continuar ñ podia parar.
Quando comecei a dar meu texto um casal me chamou à atenção, não paravam de rir e o olhar fixo em mim, bem no texto que eu falava da minha minha mãe, da ciranda e gritava zeca para dançar... é como se eles estivessem revivendo tudo aquilo. Fui lá e chamei ele para dançar, foi xuxexu puro, ele começou normal depois foi se empolgando, empolgando e começou dançar bolero (rsrsr) eu não sei dançar bolero, e pra ñ passar batido fui delicadamente e coloquei ele de volta em seu lugar. Ele ñ queria parar não viu! Mas foi de mais!
Mas o porradão está por vi!!! Controlei minha água o máximo, e na minha última apresentação percebi que ainda tinha uma quantidade grande dentro do vaso, e bem no momento da minha partitura que eu falava: ( Hoje pela 1º vez eu sentir) Sentir e sentir muuuuuita água foi dentro do meu ouvido, nariz, olho, boca, tudo quanto foi lugar da cara, e nada disso era programado.
Meu ouvido tapou, o olho começou a arder e imediatamente inventei uma partitura e comecei delicadamente pular para que a água saísse do meu ouvido. (rsrs).
Terminei toda minha partitura e sair feliz com o resultado.
Eu percebi que a diferença do Man para o Passeio Público foi que no Man as pessoas interagiram mais com agente, entraram na viagem de cada um, com um olhar, com uma dança, com um gesto, e nem o som do local influenciou na interação de muitos.
Postado por Eddy Verissimo às 18:11 0 comentários
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Salve Yemanjá!
Postado por Anônimo às 08:17 0 comentários
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