terça-feira, 2 de março de 2010

A Dança

Confesso: não comentei sobre a intervenção no Solar Boa Vista porque a única coisa da qual gostei foi poder voltar a pé pra casa (e talvez esse comentário seja duro demais). Mas faço questão de falar sobre a intervenção na Biblioteca Pública no último domingo. Fechamos com chave de ouro. Adorei a alegria exposta no Palacete das Artes, mas a Biblioteca foi...
Conquistadores esses atores e atrizes. Era visível, ainda que em alguns mais do que em outros, que havia uma amarração do ambiente de seus respectivos personagens, até mesmo nos que nem constam na trama de Mia Couto, como a Mariavilhosa de Indaiá. E agora, enquanto ouço o jazz ritmado de Diana Krall e meu corpo dança na cadeira, associo essa dança ao que foi visto na Biblioteca. Desde Indaiá até Eddy, a coisa fluiu como uma dança e eu via aquelas pessoas como parte de um lugarejo fantástico como a Macondo de Gabriel García Marquez. Agora é preparar-se para uma nova etapa. Sempre na dança, seja ela qual for, contanto que seja contagiante.

***

P.S. ou Coincidência do escrito: A música que estava ouvindo interpretada pela Diana Krall, chama-se "Devil may care". Quem puder, olha a tradução. Tem algo a ver com a peça de Mia Couto?
http://letras.terra.com.br/diana-krall/95798/traducao.html

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