Avô Celestiano (Luiz Buranga)
A idade não é precisada mas é, com certeza, o mais velho dos três. Espírito a espera da partida, “vive” num paradoxo: ao mesmo tempo que tenta proteger seu neto, tem que cumprir a ordem dos espíritos de o levar com ele “para o outro lado do mundo”. É Celestiano que controla os sonhos do neto. É também, por sua posição mística e por ser o mais experiente, a voz da sabedoria na peça. Adora uma bebida e, apesar de ver ingratidão em seu neto, que não presta-lhe as homenagens que deve, é sempre compreensivo com ele. Dá conselhos a Zeca, que quase nunca são seguidos, e é também o responsável por passar ao neto diversos conhecimentos sobre a vida, inclusive aqueles sobre o tempo. Ratificando essa influência exercida sobre Zeca, existe um trecho exemplar da canção composta por João Afonso Lima, com título homônimo ao da peça de Mia Couto (já que baseia-se nela): “Mar me quer, bem me quer/ com olhos de tubarão/ meu avô falava certo/ quem demora tem razão”. Provavelmente, inventou a história do passarinho tsirri-tsirri, modificando o nome das gaivotas, para proteger seu neto. Também nutre imenso carinho por Luarmina, a quem acredita estar destinada a função de salvar seu neto.
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