sábado, 30 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
das folhas do caderno do diretor
pois é... há muito que não escrevo aqui no nosso diário virtual de registro do processo.
Postado por Anônimo às 17:56 0 comentários
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O Grande Dia
Postado por Eddy Verissimo às 17:43 0 comentários
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sábado, 23 de janeiro de 2010
Postado por Eddy Verissimo às 22:16 0 comentários
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Encontros, ciranda e labuta.
Essa semana começou como terminou n'A Outra: em clima de ciranda.
Uma semana de dois importantes encontros. O primeiro deles foi com Diana Ramos, que chegou na segunda-feira a todo vapor trazendo consigo uma belíssima canção. Já o segundo foi um encontro múltiplo com dezenas de pessoas no Passeio Público. Entretanto, até esse último encontro, a semana reservou muito trabalho para todos nós.
Na segunda-feira Diana chegou com tudo, mas ela realmente pegou pesado com a galera na terça. Fez alguns acertos, trabalhou o movimento de ciranda e a parte vocal para que ninguém fizesse feio no Passeio.
O tempo corria contra nós na quarta-feira quando Luiz chegou trazendo ainda mais novidades e modificações à coreografia. Foi uma noite de muito suor mas bastante proveitosa, finalizada com uma conversa providencial para os corpos cansados.
Na quinta-feira só quem descansou fui eu, porque a galera, incluindo o meu colega assistente de direção, Israel Barretto, ainda teve que apresentar a peça "A sacanagem d'A Outra", no Cabaré do Teatro Vila Velha.
Quando cheguei na sexta, todos já estavam maquiados e vestidos. Dançamos juntos e Luiz pediu concentração. Uma breve passada na sala de ensaio e saímos (suado, eu carregava a alfaia que ficaria sob minha responsabilidade). Os agora silenciosos atores, todos vestidos de branco, colocaram-se em seus lugares na ladeira que dá acesso à bilheteria do TVV e começaram. As pessoas, algumas que até vieram para ver essa primeira experimentação aberta mas que, em grande parte, eram espectadores da peça que aconteceria logo mais, timidamente observavam aquelas figuras com seus bancos, velas e instrumentos musicais. Algumas tentavam ignorar o que acontecia ali, mas o canto chegou, o brilho chegou e a ciranda girou.
Terminada a apresentação, guardados os objetos, seguimos nossos rumos a fim de recarregar as energias para mais uma semana de muito trabalho, porque sábado vem, tem o MAM.
Postado por Hayaldo Copque às 18:01 1 comentários
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Cirandando
Indo para mais um ensaio com A Outra nessa semana em que respiramos ciranda, compus também a minha. Coisa de cirandeiro de primeira viagem:
Vou nesse mar de mê-á-mar amar
Vou no girar que a ciranda me leva
Passarito voou, caiu no mar
No colo de Iemanjá
Odoyá, mãe, carrega
Vou nesse mar que mar me quer levar
A lua é minha, a lua é meia e é bela
Gota de mar que do olhar cairá
Salgada de amargar
Pela espera dela
Postado por Hayaldo Copque às 14:23 0 comentários
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Mais uma na tripulação!
Postado por Anônimo às 18:23 1 comentários
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Marinheiro de primeira viagem
16 de janeiro de 2010 – sábado
Por volta das 08:20h, eu, Eddy, Indaiá e Junior embarcamos rumo a Ilha de Maré.
Nosso objetivo era visitar a ilha, ouvir histórias do mar, conhecer algumas praias, conversar com pescadores e marisqueiras, descobrir a realidade de comunidades que vivem a beira-mar e tiram seu sustento das águas.
Fomos num barco ou uma lancha, no total éramos cerca de 80 pessoas a bordo. Ao chegar na praia de Itamoabo, desembarcamos dentro do mar, com água mais ou menos na cintura e então alcançamos a areia da praia. Nessa aventura, Indaiá ficou desesperada ao saber que teríamos que descer dentro d’água. Chegamos até a pensar na possibilidade dela pegar uma carona num jegue que se aproximou para carregar bagagens e cestos pesados trazidos pelos visitantes. Mas tudo deu certo e chegamos sãos e salvos ao solo firme.
Caminhando, pela beirada da praia em maré de vazante, fomos em direção a Praia Grande, onde segundo Eddy, haviam marisqueiras em trabalho que poderíamos conhecer. No caminho passamos por Santana e Caquente, foi quando encontramos com Seu Bêgo (Antônio das Neves), que mora em Praia Grande e estava indo buscar um peixe em Santana. Quando lhe perguntamos se estávamos longe do local das marisqueiras, ele disse que aquele não era um bom dia – de segunda a sexta elas trabalham tirando os mariscos e no sábado e domingo vendem em outras “cidades” com Salvador. Afirmou que sua mulher e sua filha eram marisqueiras, e então decidiu voltar levando a gente até sua comunidade, apresentando pessoas e lugares, inclusive sua casa. No trajeto, nos contou sua história: desde pequeno trabalhou no mar, como pescador pegava desde peixe a crustáceo. Com poucos recursos “equipamentológicos” ele entrava no mar e pescava lagosta. Confessou que chegou a usar bombas para conseguir o pescado, porque assim se consegue uma quantidade maior de peixe e conseqüentemente, mais grana. Foi numa dessas que depois de estourada a bomba, enquanto pegava os peixes boiando que quase teve sua mão/braço comido por um tubarão atraído pelo cheiro dos peixes mortos na explosão. Contou também que já pescou com rede de arrasto, e que numa dessas chegou a pegar uma arraia/jamanta de 6.000kg ou 5.000kg ou talvez 1.000kg (cada hora era um peso! Rsrs), e devido a uma embarcação grande que cruzou o caminho de seu pequeno barco teve que soltar a “jamantona” pescada um tempo depois em Itaparica. Atualmente, trabalhava como pedreiro, porque era mais rentável, mas ainda fazia artesanato e vendia em Feira de Santana, indo até lá uma vez na semana.
Na volta a Itamoabo, com Seu Bêgo junto, encontramos dois senhores muito especiais: o Sr. Ulisses e o Sr. Eurípedes. Os três juntos, mais Eddy – estava configurado o espaço para troca de histórias de pescador. Sr. Ulisses já chegou com a história de um relógio que caiu no mar e foi achado na barriga de uma traíra que sua tratava, um mês depois, e o mesmo ainda estava funcionando! Parecida com a de Eddy, hein?! Como dizia Seu Bêgo: “essa menina é mariseira” (cheia de história, mentirosa). O melhor é que todos afirmavam sempre que era verdade, alegando que por conta da idade não mentiam mais. Seu Bêgo, a cada história dizia que era um pedreiro dos bons e “tô mentindo?! Não to! Vou completar 58 anos no dia 18/01”... Um encontro fantástico de gerações de pessoas cheias de histórias, todos embalados pelas marés da Baía de Todos os Santos.
Duas curiosidades contadas pelo Seu Bêgo: 1) para uma criança aprender a andar é só amarrar um carangueijo-tesoura num cordão e dar ao menino que em dois tempos ele vai sair andando atrás do animal; 2) se uma mulher estiver parida, ela não pode comer peixe-frade de jeito nenhum, durante 01 ano, se não ela não sara.
Umas 13h, chegamos de volta em Itamoabo, onde finalmente almoçamos. Moqueca de Atum, foi o prato escolhido. Acredite: com R$ 36,00, nós 05 (porque seu Bêgo ficou com a gente até o final, e ainda jogou o queixão em Indaiá) comemos a vontade a deliciosa comida. No entanto, nesse momento, o tempo começou a fechar. Com chuva forte caindo, nos refugiamos, depois de um banho de mar, embaixo da lona da barraca onde comemos. Umas crianças vestidas com caretas passaram por lá. E as pressas embarcamos no barco que balançava que só ele no mar avexado pelo mal tempo, todos de volta a Salvador, deixando por visitar algumas praias como é o caso de Boteio, onde mora uma amiga de Eddy que poderia nos levar até algumas pessoas para conversar sobre Yemanjá, o mar e mais histórias de pescador.
Luiz Antônio Jr.
Postado por Anônimo às 09:40 0 comentários
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Relatos da primeira semana
No primeiro dia de trabalho, construímos estruturas individuais, micro-histórias guiadas por uma partitura corporal. Estranhamente, ao construir a minha estrutura, pensei num tipo de homem do mar diferente do proposto pelo universo do texto. Criei uma lembrança de um militar, um marinheiro, talvez um náufrago, com uma relação própria de fé, uma prece de proteção para uma tripulação que talvez também tenha naufragado.
Nos dias seguintes da primeira semana trabalhamos numa estrutura coletiva. Partimos de alguns movimentos para criar uma pequena coreografia em forma de um cortejo guiado pela "Canção da partida" e a partir daí começamos a criar um mosáico com citações do texto, histórias inventadas ou contadas de várias perspectivas.
Ao fim de uma semana de trabalho tínhamos uma estrutura que mescla alguns elementos, bem como, não só a religiosidade, mas alguns outros temas que havíamos escolhido para a criação das intalações como o mar, amor, memórias, etc.
No entanto, pessoalmente, acho que a realização da primeira expedição (a ida à Ilha de Maré) no fim de semana e hoje, com a chegada de Diana trazendo as cirandas, tive a sensação de avanço, de ganho de propriedade do que estamos tentando dizer com o Mar me quer. Conversar com os pescadores, ver que o povo do mar tem olhos cor de fogo com sr. Eurípedes, sr. Bego e sr. Ulisses (pescadores que conheçemos em Ilha de Maré) e no trabalho de hoje com o aprendizado de uma nova ciranda, sentir descortinar uma nova possibilidade, caminhos mais simples e consequentemente, mais revoltos, mais difíceis, como o mar.
Postado por R. Junior às 03:12 0 comentários
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Primeira semana de processo
"Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer" Dorival Caymmi
Na terça, continuamos nesse processo, mas já rabiscando uma estrutura de encenação, que seguimos nela até ontem, quando fechamos a semana. Um traço já existe e algumas cores já se fazem presentes na colcha de retalhos que tecemos com pedaços de cenas improvisadas pelos atores, trechos do Mar Me Quer de Mia, partituras e coreografias sugeridas com os bancos emprestados do Bando, músicas que povoam nosso "imarginário"...
Luiz Antônio Jr.
Postado por Anônimo às 18:46 0 comentários
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Frestas de Mar II
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 09:26 0 comentários
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Início de Processo
Um mar de expectativas e imagens embala minha cabeça na maré de início de processo...
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 15:03 0 comentários
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domingo, 3 de janeiro de 2010
já é 2010... o ano das águas!
Postado por Anônimo às 00:39 0 comentários
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