terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
vasculhando na internet achei...
O Mar me quer, eu sou feliz só por preguiça Mar me quer, bem me quer Mar me quer, bem me quer Todas as noites despetalou flores a mulataMar Me Quer
João Afonso
Composição: João Afonso Lima
deixei escapar a maré, adormecido
Zeca Perpétuo, sou reformado do mar
tenho juízo de mamba pelo seu olhar
cantochão de luarmina
o coração é uma praia
diz Celestiano à menina
com olhos de tubarão
meu avô falava certo
quem demora tem razão
Dona Luarmina, minha vizinha
logo de manhã passa sonhos pelo rosto
atrasa a ruga, impede o tempo
Postado por Anônimo às 12:22 3 comentários
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
pensamentos de pensamentosos
Postado por Anônimo às 12:54 0 comentários
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Frestas de Mar I
Postado por Anônimo às 16:34 0 comentários
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nas entranhas do Mar...
Começamos ontem a noite a desbravar o Mar Me Quer. Sentados na Sala João Augusto (Eu, Juninho, Buranga, Eddy, Jeferson, Manu e Lore) fomos lendo o texto, tentando identificar as imagens, os horizontes temáticos, as sensações e confusões da obra.
Muitas coisas surgiram: lembrança, memória, mar, pássaro, plumas, mulher, amar, histórias... e principalmente a indagação: qual é a linha de fronteira entre a verdade e a mentira? Em determinado momento um dos personagens afirma: "há desses fatos que só são verdadeiros depois de serem inventados". Foi nesse momento que a roda girou 720º e embaralhou nossas idéias...
Percebemos que o texto pouco se fecha, pouco afirma e veredita as coisas. Tudo é lançado ao mar... me dá uma sensação de: "cada um acredita no que lhe convém". Como são as famosas histórias de pescador, quem conta afirma ser verdade, e a riqueza de detalhes nos faz embarcar na viagem, a ponto de nos deixar em dúvida: isso aconteceu mesmo? Quem poderá nos garantir? Assim como as histórias de Eddy, de quando seu papai pescava... "a do relógio de seu irmão que se perdeu no mar e dias depois foi encontrado por um amigo de papai que do Rio Vermelho gritou 'achei o relógio de seu filho' e papai ouviu lá do Subúrbio" ou a "do casco de siri que fez uma banheira onde uma criança pode se banhar" ou ainda a clássica "da pititinga de 30 quilos que papai pescou"... Quem pode dizer que é verdade ou mentira?!
Não estou dizendo que a história contada no Mar Me Quer é uma mentira, embora seja uma fantasia! Mas talvez nas entrelinhas do Mar esteja uma reflexão sobre a verdade das coisas ditas ao outro... será?
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 09:05 0 comentários
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
De cabeça nesse Mar
Hoje pela manhã nos reunimos Eu, Junior, Eddy e Manu para definirmos datas, organizarmos cronograma, estabelecermos metas, convocar equipe, e juntos entramos de cabeça nesse Mar.
Postado por Anônimo às 17:43 0 comentários
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
MAR ABERTO
Enfim, dou início a esta série de publicações sobre o processo de criação, construção, adaptação e montagem do MAR ME QUER, espetáculo inspirado na obra homônima do moçambicano Mia Couto.
Entrei em contato com a obra de Mia ainda no ano passado, quando através da Coleção Cena Lusófona pude ler alguns textos dramáticos, muitos deles de países africanos. Foi nessa ocasião que me envolvi com o texto "A Vala Comum", de José Mena Abrantes (Angola), e iniciei o processo de montagem junto com A Outra Companhia e alguns outros convidados. Passado um tempo, retorno a coleção e desta vez o Mar de Mia me fez brilhar os olhos a ponto de querer me entregar e me afogar em suas águas cheias de poesia, cor e imagens.
Daí, então, não parei de pesquisar sobre a literatura desse autor incrível que reforma e transforma as palavras fazendo malabares com a Língua Portuguesa criando formas de expressão extremamente imagéticas e até mesmo sensoriais. Foi quando por ocasião das coordenadas do destino propus A Outra Companhia montarmos um espetáculo baseado no Mar Me Quer, enredado nas cirandas e rodas do nosso povo nordestino e arrematado com as histórias de pescadores daqui de nossa redondeza: as comunidades de Paripe, do Rio Vermelho, da Ilha de Itaparica, de Itapuã, da Ribeira...
Repleto de desejo e já cheio de idéias, inscrevi no Edital de Teatro da FUNARTE e eis que fomos comtemplados: Prêmio Myriam Muniz 2009 para pesquisa e montagem desse nosso mar que há tempos já o queremos.
Pois que seja, preparamos a embarcação, limpamos a praia, trouxemos convidados e içamos vela rumo a esse MAR que ME (nos) QUER!
Postado por A Outra Companhia de Teatro às 16:32 0 comentários
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